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Arremate - 31/07/2020

Em memória da minha querida mãe, Eliete Olívia da Silva, falecida em 20/07/2020. O novelo na mão A habilidade do artesão. O grafite do escritor de hábitos antigos. A tinta do artista, a melodia do compositor. O tempo se encarrega de tecer, escrever, pincelar e compor. Pontos altos, baixos, baixíssimos... relevos, leques e pipocas. Infinitas vírgulas, exclamações, algumas reticências, travessões interrogações. Tons pastéis, quentes e frios... pinceladas carregas ou aquareladas? Tom, semi-tom, harmonia, melodia, ritmo. Momentos cruzados, instantes marcados: uma obra completa. Chega então, o ponto-final. Imprevisível. Inesperado. Indesejado. Mesmo que o avesso seja perfeito, que a rima seja rara, a combinação de cores radiante, o som angelical. Corta-se o cordão do novelo. O grafite volta ao estojo. Os pincéis repousam. Faz-se silêncio. Fica a obra. Que enfeita, emociona, afaga.